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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Bruna e a galinha d´angola- Plano de aula

Plano de aula: Bruna e a Galinha d´angola

Tema do plano de aula: Cultura africana
Livro trabalhado: Bruna e a galinha d´angola, de Gercilga de Almeída

Objetivos

Conhecer e vivenciar produções culturais brasileiras com influências africanas.
Conhecer a cultura afro através  da  história Bruna e a galinha d’angola.
Conhecer a África, especialmente o país de Angola, seus costumes,  valores, religião e cultura.
Conhecer  as características da galinha d’angola, seu habitat, reprodução, etc.
Desenvolver habilidades artísticas por meio da confecção de um panô africano, painéis, desenhos, pinturas.
Aprender a respeitar as diferenças.
Desenvolver a atenção e concentração.
Ampliar o  repertório de palavras .
Apreciar gravuras.
Conhecer os valores cultivados na África:  tribo, aldeia, solidariedade, perdão, união etc.
Conhecer as dificuldades enfrentadas pelos povos africanos.
Despertar para o valor das raízes negras no Brasil.
Refletir sobre o racismo e a cultura afro-descendente.
Compreender  a importância do brincar e da amizade propostas pela história.
Apreciar músicas infantis através da música: Galinho d´angola foi embora.
Ter cuidado com os livros.
Despertar o gosto pela leitura, artes e música.
Desenvolver a oralidade.
Conhecer alguns costumes africanos que foram incorporados à cultura brasileira;
 Produzir por meio de pintura e ilustrações alguns objetos africanos ( panôs , Galinhas d’angola),
 Identificar o Continente africano no globo terrestre apresentado ou no mapa.

Conteúdos
Leitura e interpretação de texto oral ou escrito.
Linguagem Verbal através da  historia contada pela professora e reproduzida pelas crianças.
Linguagem Visual através da exploração das gravuras do livro e objetos concretos.
Costumes africanos;
Heranças culturais africanas e brasileiras.
Música, arte, dança, pintura, gravura, desenho e brincadeiras

Ano(s)

Pré-escola,  1º e 2º ano

Tempo estimado
15 dias

Material necessário
Livro de história infantil: Bruna e a galinha d´angola. (Gercilga de Almeida)
Atividades de Vivencia e Registro
Vários vídeos informativos sobre a galinha de Angola.
Vídeo sobre o livro em questão.
Vídeo da música em questão.
Computador ou data-show
Mural, varal de náilon, lápis de cor, giz de cera, canetinhas coloridas, pano,  papel, tinta têmpera, tinta para tecido, pincel, gravuras,. TNT, argila, pote com água.
Mapa, globo terrestre.


Desenvolvimento (eu fiz assim, mas você poderá fazer de outra maneira)

1ª etapa-Levei os alunos para a biblioteca da escola, coloquei-os sentados em círculo e iniciei a aula com uma conversa informal, perguntando se eles conheciam a galinha de angola, como ela era, qual sua cor, de que se alimentava, qual a cor dos seus ovos. As crianças falaram tudo que sabiam sobre a galinha de Angola e também o que elas imaginavam sobre essa ave.
2ª etapa Assistimos vários pequenos vídeos sobre a galinha de Angola: Como os pintinhos  nascem, de que precisam para viver, a origem da galinha de Angola, os tipos da galinha de Angola.
3ª etapa – mostrei aos alunos, o livro Bruna e a galinha de Angola, falei sobre o assunto do livro. Sobre a autora..Falei que a avó da menina, personagem do livro, tinha vindo da África. Apresentei às crianças, o globo terrestre e mostrei onde fica a África.             
4ª etapa – Vimos o Filme do livro Bruna e a Galinha de Angola. Socializei a história por meio de perguntas e respostas explorando a oralidade dos alunos. Apresentei a música infantil: O galinho de Angola e as crianças cantaram acompanhando o clip. 
5ª etapa – Em sala de aula, solicitei que as crianças pintassem com lápis de cor ou giz de cera, uma gravura com desenho da personagem da história brincando com sua galinha de Angola.  
6ª etapa – solicitei que as crianças pintassem com tinta têmpera, um desenho da galinha de angola em folha de papel. 
7ª etapa- confecção de um panô africano, contendo uma galinha de Angola. Cada aluno recebeu um tecido de tamanho 40x40 com desenho da galinha de Angola, no qual eles usaram  tinta de tecido e pincel para pintar e enfeitar se panô  usando sua criatividade.
               
Culminância
Exposição dos trabalhos sobre a Galinha de Angola, pinturas, desenhos, trabalhos de argila,  panôs.

Avaliação
Será feita pela observação do desempenho dos alunos ao longo da realização das atividades, prestando atenção e realizando as tarefas propostas.

Rossita Figueira

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Atividades Sobre a história Bruna e a galinha d´angola

Pintura de desenhos, pintura no tecido, confecção de um panô africano.






































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Outras atividades publicadas aqui:

Música infantil: O galinho d´angola foi embora(clip)
Confecção de galinha d´angola de pinha
Confecção de galinha d´angola de argila
Vídeo sobre o nascimento dos pintinhos d´angola

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domingo, 16 de novembro de 2014

GRAÇAS À RÃ MAINU - conto africano



GRAÇAS À RÃ MAINU ( Conto Africano)

Quando o filho de Kimanaueza chegou à idade de casar, o pai perguntou.-lhe se queria escolher a noiva. Mas ele deu uma resposta surpreendente:
– Não me casarei com uma mulher da terra, só casarei com a filha do senhor SOL e da senhora LUA.
– E como pensas pedi-la em casamento?
– Cá me hei de arranjar.
O rapaz escreveu uma carta e foi pedir a um veado que a levasse. Ele recusou:
– Sendo um animal terrestre, não posso levar ao céu a carta.
– Tens razão, vou arranjar outro mensageiro.
Depois de falar com o antílope que lhe deu uma resposta semelhante à do veado, o rapaz procurou quem pudesse voar. Teve uma conversa com o falcão, que ainda agitou as asas mas desistiu:
– Desculpa, não te posso valer. O céu é muito alto.
Quanto ao abutre, foi mais direto:
– Nem penses. O fôlego só me permite ir até meio caminho.
Desconsolado o rapaz guardou a carta. Acontece que a notícia daquele estranho desejo já se tinha espalhado pela aldeia e chegou aos ouvidos da rã Mainu, que resolveu oferecer os seus serviços. O rapaz ficou admirado e até zangado:
– Como te atreves a dizer que vais ao céu se aqueles que possuem asas garantem que não é possível!
– Dá-me a carta e eu levo-a - insistiu a rã Mainu.
Ele aceitou com maus modos.
– Toma. Mas olha que se não cumprires o combinado, levas uma sova.

A rã não ficou nada aflita. Dirigiu-se ao poço onde o povo do Sol e da Lua costumava abastecer-se de água, prendeu a carta na boca, desceu e ficou quieta. As pessoas esperadas não tardaram e logo que lançaram o balde à água a rã entrou disfarçadamente e assim viajou até ao céu sem ninguém saber. Chegando ao destino, deu um pulo e foi colocar a carta no quarto do rei Sol e da senhora Lua. Eles ficaram muito admirados quando leram a carta, mas aceitaram o pedido. A rã Mainu regressou a casa pelo mesmo processo. A noiva desceu à terra deslizando por um fio especial tecido pela aranha que servia o rei. O rapaz casou com a filha do senhor Sol e da senhora Lua, foram felizes para sempre e tudo graças à inteligência viva da rã Mainu.

sábado, 15 de novembro de 2014

CONTO AFRICANO: ESTOU VOLTANDO

Conto Africano:


Estou voltando


 Um jovem angolano caminhava solitário pela praia. Parou por alguns instantes para agradecer aos deuses por aquele momento milagroso: o deslumbramento de sua terra natal. O silêncio o fez adormecer em seu âmago, despertando inesperadamente com o bater das ondas sobre as pedras. De repente, surgiram das matas homens estranhos e pálidos que o agarraram e o acorrentaram. Sua coragem e o medo travaram naquele momento uma longa batalha... Ele chamou pelos seus pais e clamou pelo seu Deus. Mas ninguém o ouviu.Subitamente mais e mais rostos estranhos e pálidos se uniram para rirem de sua humilhação.Vendo que não havia saída, o jovem angolano atacou um deles, mas foi impedido por um golpe. Tudo se transformou em trevas. Um balanço interminável o fez despertar dentro do estômago de uma criatura. Ainda zonzo, ele notou a presença de guerreiros de outras tribos. Todos se demonstraram incrédulos sobre o que estava acontecendo. Seus olhos cheios de medo indagavam. Passos e risos de seus algozes foram ouvidos acima. Durante a viagem muitos guerreiros morreram, sendo seus corpos lançados ao mar.Dias depois, já em terra firme, ele é tratado e vendido como um animal. Com o coração cheio de “banzo” ele e outros negros foram levados para um engenho bem longe dali. Foram recebidos pelo proprietário e pelo feitor que, com o estalar do seu chicote não precisou expressar uma só palavra. Um dia, em meio ao trabalho, o jovem angolano fugiu. Mas não foi muito longe; foi capturado por um capitão do mato. Como castigo foi levado ao tronco onde recebeu não duas, mas cinqüenta chibatadas. Seu sangue se uniu ao solo bastardo que não o viu nascer. Os anos se passaram, mas a sua sede por liberdade era insaciável. Várias vezes foi testemunha dos maus tratos que o senhor aplicava sobre as negras, obrigando-as a se entregarem. Quando uma recusava era imediatamente açoitada pelo seu atrevimento. A Sinhá, desonrada, vingava-se sobre uma delas, mandando que lhe cortassem os mamilos para que não pudesse aleitar. O jovem angolano não suportando mais aquilo fugiu novamente. No meio do caminho encontrou outros negros fugidos que o conduziram ao topo de uma colina onde uma aldeia fortificada – um quilombo – estava sendo mantida e protegida por escravos. Ali ele aprendeu a manejar armas e, principalmente a ensinar as crianças o valor da cultura africana. Também foi ali que conheceu a sua esposa, a mãe de seu filho. Com o menino nos braços, ele o ergue diante as estrelas mostrando-o a Olorum, o deus supremo... Surgem novos rostos, estranhos e pálidos, mas de coração puro, os abolicionistas. Eram pessoas que há anos vinham lutando pelo fim do cativeiro. Suas pressões surtiram efeito. Leis começaram a vigorar, embora lentamente, para o fim da escravatura: A Lei Eusébio Queiroz; a do Ventre-Livre, a do Sexagenário e, finalmente, a Lei Áurea. A juventude se foi. O velho angolano agora observa seus netos correndo livremente pelos campos.Aprenderam com o pai a zelarem pelas velhas tradições e andarem de cabeça erguida. Um dia o velho ouviu o clamor do seu coração: com dificuldade caminhou solitário até a praia. Olhou compenetrado para o horizonte. Agora podia ouvir as vozes de seus pais sendo trazidas pelas ondas do mar. A noite caiu cobrindo o velho angolano com o seu manto... Os tambores se calaram...No coração do silêncio suas palavras lentamente ecoaram: “Estou voltando... Estou voltando...”





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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O MACACO E O HIPOPÓTAMO – Fábulas Africanas

O MACACO E O HIPOPÓTAMO – Fábulas  Africanas

                         
                          Em uma época muito antiga, quando as bananeiras produziam poucas bananas, existiam numerosos macacos.Havia um deles chamado Travesso, que morava nas margens do rio.
O macaco Travesso possuía um grupo de bananeiras que lhe proporcionavam frutos suficientes para a sua alimentação, o que lhe trazia satisfação e orgulho porque os seus frutos eram os mais saborosos da região. No rio habitava o hipopótamo Ra-Ra, que era o rei daquelas paragens. A corpulência desse animal era notável e tão grande a sua boca, que podia tragar seis macacos de uma só vez. Além disso, gostava imensamente de bananas e, especialmente as da propriedade de Travesso. Ra-Ra resolveu roubar-lhe as bananas, apesar de não ser um ato muito bonito para um rei.
Ordenou então a todos os papagaios que as trouxessem para a sua residência. Entretanto, o macaco não arredava pé do seu grupo de bananeiras, a fim de impedir que desaparecessem, furtados, os seus preciosos frutos. Os papagaios logo encontraram este obstáculo sério e recorreram à astúcia para cumprir as ordens do rei. Após uma conferência de várias horas estudando diversas soluções para resolver eficientemente o problema do roubo, concordaram em dizer ao macaco  que seu irmão estava muito doente e desejava vê-lo. Quando Travesso recebeu a notícia, bom irmão que era, foi depressa procurar seu irmão doente. Verificou logo que aquilo não era verdade. Seu irmão estava gozando de boa saúde e, suspeitando imediatamente do que se tratava, voltou a toda pressa para perto de suas bananeiras. Uma surpresa dolorosa o aguardava. Não ficara nem uma banana para semente. Enquanto lamentava sua perda aproximou–se um papagaio, dizendo-lhe:
— Oh!, irmão Travesso! Sabes que Ra-Ra, o hipopótamo, nos obrigou a roubar-te as bananas e depois não nos quis dar uma só!
— Ah! E’ assim? Então espera… Irei à casa de Ra-Ra e tirar-lhe-ei as minhas bananas! — exclamou o macaco.
A serpente» que é um animal invejoso, cheio de defeitos, dos quais o pior é o espírito de intriga, passou por ali por acaso quando o macaco falava e, ato contínuo, foi contar tudo ao hipopótamo.
— Está bem! — disse Ra-Ra. — Em tal caso ordeno ao Travesso que compareça aqui quanto antes.
A Serpente voltou ao lugar em que vivia Travesso e lhe deu a ordem de Ra-Ra, de modo que o macaco se pôs a tremer, pois, não era tão valente como as suas palavras pareciam revelar. Era preciso obedecer e quando se dispunha a fazer a desagradável visita ao hipopótamo, ocorreu-lhe uma idéia. Preparou com o maior cuidado uma boa quantidade de visgo, a cola que usava para caçar passarinhos, e untou-se com êle muito bem. Feito isto encaminhou-se para a casa de Ra-Ra, à margem do rio.
— Disseram-me — disse-lhe o hipopótamo, ao vê-lo — que ameaçaste de vir recobrar tuas bananas. É certo que o disseste?
— De modo algum, senhor — respondeu Travesso. — Tanto minhas frutas como eu mesmo estamos à sua disposição.
O papagaio combinou com o macaco...
— Bem, fico muito satisfeito em ouvir estas palavras. Sem dúvida, quiseram fazer intriga e contaram-me essa mentira. Senta-te. Porém, procura fazê-lo de frente para mim e sem tocar em nenhuma das bananas que estão atrás de ti.
Assim fêz Travesso, apoiando çom força as costas, inteiramente untadas, contra as bananas.
— Disseram-me que sabes muitas histórias. Queres contar-me uma?
O macaco dispôs-se a satisfazer o desejo de seu soberano e lhe contou uma história muito interessante. Enquanto isso não se esquecia de esfregar o corpo contra as bananas afim de que aderisse às suas costas o maior número delas. Terminado o conto , Ra-Ra disse-lhe:
— Obrigado. Podes sair, mas toma cuidado para saíres de frente para mim. Assim se deve fazer diante de um rei.
Nada podia favorecer melhor o macaco, que estava com as costas cheias das bananas que a elas se haviam colado.
O macaco viu o hipopótamo. Quando se viu fora da casa do hipopótamo, pôs-se a correr, ocultando-se. Os papagaios não tardaram a descobrir a astúcia do macaco e foram correndo contar a Ra-Ra. O hipopótamo, ao tomar conhecimento da notícia, teve tão grande ataque de raiva que virou de barriga para o ar, morrendo instantaneamente. Então, os animais reuniram-se e, diante da inteligência do macaco, resolveram aclamá-lo soberano. Ficou muito conhecido por sua esperteza e deram-lhe, então, o nome de Sua Majestade Travesso I, o Esperto. E o seu governo foi sábio e prudente, durante anos e anos.

(Trad. e Adapt. Leoncio de Sá Ferreira.)


segunda-feira, 10 de novembro de 2014